sábado, 30 de outubro de 2010

Em fragmentos, a esperança

O tempo parece parar. O instante parece tudo que temos. E não é pouco, há muito no momento. Parece que se ouvirmos o instante não se cala, se estivermos prontos para navergar ele nos mostra o movimento.

Dizem que antes de morrer podemos ver toda a nossa vida que se passou diante de nossos olhos, se assim for estou eu sempre morrendo, mas quem não está?

Masitgo a carne do momento como quem quer tirar o sumo da vida e com ele semear mais vida.

As mudanças conduzem nossos momentos diversos e infinitos, e sempre temos os instantes, posso tocar os sentimentos que me traz a maré, intensos como o mar, tempestuosos e sublimes.

Posso ver o que guardo e carrego comigo, os resquícios dos intantes que se passaram mas se não foram de todo, são parte de mim, fragmentam-me mais e mais a cada sopro de vida. Acendo um cigarro mais e os comtemplo, navegando sem rumo certo nos mares de minha essência.

Li por ai que somos feitos da mesma matéria que os sonhos. Sonhos não têm matéria, mas nós temos vida e talvez com vida preechemos os sonhos. Eu também sou sonho, sou esperança de que os instantes nunca acabem, mesmo que escapem de nossas mãos como água salgada ou doce, sou esperança de que a vida se refaça constamente, e de repente nunca mais esperarei, pois já não serei mais matéria, serei apenas sonho e instantes (infinitos) passados.

Espero até lá poder fazer um bom uso da matéria pulsante em mim, até lá sou também e principalmente, esperança.

Emiliano Alphonsus Coito

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Música do conjunto português Madredeus:


http://www.youtube.com/watch?v=iRbWFC-KAz4

Ainda
Vou dizendo
Certas coisas
Vou sabendo
Certas outras
São verdades
são procuras
Amizades
Aventuras
Quem alcança
Mora longe
Da mudança
Do seu nome
Alegria
Vão tristeza
Fantasia
Incerteza
São verdades
São procuras
Amizades
Aventuras
Quem avança
Guarda o amor
Guarda a esperança
Sem favor...
Ainda
Ainda
Ainda

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